quinta-feira, 19 de setembro de 2019

sou quem o tempo arrasta

sou o vento,
que se arrasta no tempo.
sou o vento que passa,
sou quem o tempo arrasta...
sou relíquia, revolução do ventre!
comigo arrasto o resto dos trapos...
mas não sou trapo.
arrombo a  porta da rua
e torno-me a fechar!
transformo o «feio» no belo...
mas tenho consciência
que é apenas a luta
que se desculpa na tua culpa!
abraço os braços
e traços de luz transparecem...
por mil olhares, sou olhada,
por fim suspiros de liberação.
arrastamos o bem sem solução
quem te arrasta à loucura?
não sou eu.