quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Também vais embora


Cada salto que dou, cada queda, 
um abafado grito...
vem até mim um levantar bruto... 
por vezes extenso
deveras infinito...
e a vida volta, 
sempre renovada...
com tudo, e por nada...
sou um vulto numa jangada....
todos somos vistos 
como geração perdida,
há heróis e heroínas, 
sempre depois da história contada....
«vives a conta gotas?» 
mas olha que o tempo passa!
não caias na desgraça
conheço seres dóceis 
que domam seres enraivecidos
todos somos arruaceiro e elegantes....
(uns mais que outros!)
por quem os sinos tocam?
por todos «amigo.»
(foto da autoria da minha filha)