quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Mas há sempre um flor

Tomara eu não copiar as palavras!
as que me saem sobre sobressalto
nesta madrugada, tomara...
sinto a água manchada de azul
ancorada no céu...
de repente desaba!
tomara ser eu senhora ou menina,
proprietária destas palavras,
dona do meu comportamento.
nesta espera!
oxalá alguém acredite em mim...
noite ténebra de chuva os molhos
e ventos impetuosos.
tomara que fosse eu a autora
desta ausência de mim...
na presença do meu corpo
minha alma comanda meus dedos
vagueia por entre as ervas daninhas
mas há sempre um flor
na mais mansa e humilde mansão da vida
oxalá que sempre a encontre.