domingo, 24 de novembro de 2013

já aqui estive e senti o cheiro a terra lavrada..

tive que me por a pé
tive que me levantar
porque a minha cabeça
dava voltas e mais voltas
e não parava de girar
girei nas voltas da vida
girei sem querer parar
porque na volta das voltas
 não me conseguia encontrar
pensamentos rolando
pensamentos correndo
e nesse desvairo de memoria
recuei no tempo
e delírios adormecidos
me acordaram noutro tempo
e pensei.... desdém quem
não tem armadura,
mas quem a tem, ao tempo
pendurada no telhado
asseando a seara
é gente de calos nas mãos
e ás costas transporta uma  enxada.
onde mora a saudade?
no cheiro da terra lavrada.

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