nesse mar azul rosado

caminhei...
para ver se me via,
encontrei-me com uma bela sintonia.
subitamente olhei o mar!
nesse mar azul rosado
de mãos dadas com o céu
azul dourado...
dois penhascos alinhados
talhados por vossas mãos.
e duas gigantes árvores,bailavam,
se entrelaçavam....
ramos verdejantes parecendo se acariciar!
eu apreciei com todos os meus sentidos
o profundo o intimo...
o impossível de retratar,
nem ouro nem prata...
avistei-me em ti...jurava,
que meus olhos transpareciam luz!

é hoje!

é hoje!
o hoje há de ser lindo.
continuem com o sonho
 de o ver feliz....
é possível o vento mudar
as ondas abrandar...
e a dor partir e voltar.
se a tua força for de fé!
o choro...
se transforma em sorrisos,
as nuvens negras!
não duram muito no céu...
somos como as tempestades,
fortes, depois vem a doçura...
e ao som do piano
 escuto a minha melodia
 que me engrandece a alma
 e me enche de vida
é...é dessa que falo
nela me embebedo,haja o que ouver...
embora menina...
sempre mulher!

a tempestade

as tempestades...terra revolta!
a noticia no tempo
o já e o agora!
tu ser de fé,
ficas atónito,
a pressa a aflição da vida.
quando se vai a agitação do mar...
por vezes repomos a calma.
para ser alcançada a magnitude,
a leveza da alma!
pena leve suave e branca,
nuvens brancas
que sobrevoam o azul do céu
os símbolos que alcanças
és tu, sou eu!
são imagens abstratas
que se acariciam no céu...
aqui ali, acolá....
são soldados vindos da guerra.
alcançaram a paz,a trégua....

no meu e no teu momento

quisera a mão do criador
que a mulher e o homem
sentissem seu perfume
que suas pétalas suscitassem amor...
a magia das nossa mãos,
a sua perfeição...
com a elegância da natureza
uma mistura mística de beleza...
e é a beleza da rosa branca
que te suscita paz, a inocência!
quisera a beleza
de uma rosa vermelha
tão vermelha...
que te relembre a paixão,
o sangue e o coração...
que no meu e no teu momento
transpareça o sorriso
que um abraço nos aconchegue
e se torne no ganhar o hoje,o dia!

«somos a mansa manada.»

e eu que percorri montes, vales
olivais,«a casa do meu pai.»
carreguei amor
transformei-o em pétalas de flor
espalhei-as,,,declarei o meu amor
vivi entre todos,
os mais humildes e mais frágeis
estavam quase sempre comigo!
me seguiram os justos
 me nomearam os fortes
e humildes de coração...os reis e senhores
me temeram e não me deram perdão.
ainda hoje muitos assim pensarão!
mas quem pensa que tu e eu
não somos nada,,,
«fazemos parte do rebanho
somos a mansa manada.»
que honramos o teu nome,,,
eu por vós sou muito amada,
de todo o coração, muito
mas muito obrigada!

a vida é assim.

ultrapassei  fronteiras
corri sem rumo...
num eco aflito
elevei meu tempo!
meus pés não viam o que calcavam,,,,
minha mente não tinha parada certa,
a estrada era incerta
sem entrada e sem saída.
é a história da vida!
entre escombros e desbastação.
na luta da alma
pensamentos sem sentido
por vezes a seta que no espírito espeta
é infinita!
somos rebentos da natureza
quando desbastada tudo é tristeza!
renovamos a alma
porque a fé não tem fim...
o amor é a melhor formação,
são cores de flores,voos de aves
misturas dos mares...
a vida é assim.

a jornada da vida

a jornada da vida...
somos postos à prova,
barreiras para ultrapassar,
por vezes enviam-nos ao mar
numa frágil concha,
somos levados a
mergulhar nas profundezas...
«são lágrimas salgadas,
num mar de tristezas».
e não sabemos o que fazer...
andamos à deriva,
 por vezes deixamos
que as feridas nos marquem...
«desistimos de remar».
exigimos muito de nós
calamos a nossa voz!
mais tarde ou mais cedo
as provas voltam,
novos exames viram...
o juiz virá...
e quem nos julgará?

no teu intimo, liberdade

é para cantares...
senão... sorri!
é para sonhares,
se não sonhas, não cantas e não ris.
é agora que a magia do mestre
nos transporta para a entrada da vida.
as palavras começam a emergir...
as que se ouvem ao longe
as que te espiam de perto
e as que estarão para vir...
e a tua sanidade é posta à prova,
és mais um peregrino na estrada
nesta vida que é alçada por muitos
e por muitos desbastada!
vem...mira o rio, aguas rodopiando,
entre pedras e arbustos.
buscas a tua paz,
no meio da tempestade...
talvez o brilho do sol
te alcançará amanhã,
e no teu intimo...liberdade!

ao som do silencio

ia escrever ao som do silencio,
mas...o silencio não tem som,
tem palavra caladas...
tem o apelo da alma
tem o toque do pensamento
a inquietude e a calma
tem as palavras lavradas!
no coração as mágoas expostas...
mas no verso não tem nada....
tem a mão e o sorriso do anjo!
tem o caminheiro e a estrada...
tem os sonhos da noite
tem-te a ti, tem-me a mim....
e já somos demais
nesta caminhada!

que essa força seja «o teu norte».

saudade...

manhã sem lágrimas...
brilho do sol no coração...
esperança presente...
dias de luta mas com orientação.
chuva, vento forte mar em fúria...
espera presente ressuscita então,,,
que o meu sol não possa partir
que a minha fé seja infindável
que a luz ao fundo do túnel
nunca se apague..
Deus sempre nos ampara,
seus anjos sorriem em redor
que surjam cânticos de conexão
ternura, amor no coração!
que os espíritos se alegrem
as feridas sejam breves
que das quedas te levantes,
sempre mais forte!
e que essa força seja «o teu norte».

esse abraço é a minha fé....

serei forte
«forte como uma águia».
queria ter o seu potente olhar
para vos seguir sempre que necessário!
mas nunca vos deixarei de amar.
se a dor se transforma-se em agua
eu seria um mar agitado
se o medo se transformasse na noite
seria a escuridão.
mas....o dia é de esperança..
digas o que disseres...
em tempo de tempestade
os fortes mão te abandonam
jamais te sentirás só...
jamais serás deixada para trás,
um só num barco à deriva.
um ser de verdade...
é mais valioso que o ouro,
eu vou continuar a cultivar o meu...
quando preciso envolves-nos em teus braços.
esse abraço é a minha fé....
muito agradecida!!!

nascida da lenda

rito de passagem
aonde eu nasci
desenrolando a vida...
foi por ali
vou por aqui...
sou moldada num paraíso fértil
eu nasci da lenda!
mandada pelo meu Deus
encorajada pelos que me amaram.
eu segui-lhes as pegadas,
peguei-lhes nas palavras,
construí as escadas...
onde subo e desço
preço do ouro...
por vezes é o preço.
envolvo-me e liberto-me!
pelo cheiro da chuva sou atraída
onde o cordeiro se disfarça
e nos deixa cicatrizes
que quase se curam,mas...
as marcas permaneceram sempre lá.
amo a vida...pois não sou de cá...

mas não é de ninguém!

falaram-me da noite, «do bicho papão»
mas...não me falaram de ti
nem da escuridão.
falaram-me da vida
do fadário que era...
e na juventude
quem o leva a sério!
falaram-me das orações,
da sua força, da crença,
muitas aprendi, nisso acreditei...
a fé, é a minha maior esperança!
mas o falsário não é lenda,
«mas como o homem é pobre»
e não tem emenda...
somos imperfeitos!
disso não duvido
mas descendemos do amor,
do perdão,
não percam o juízo!
não vivam com raiva
não nos leva ao bem
neste mundo que é de todos,
mas não é de ninguém!

somos presas e predadores

ventos dos canaviais
doce que se sente....
a noite que cai
e olfato a audição e o tato,
são a orientação dos moradores.
somos guias perdidos a comunicar
somos presas e predadores
seres repletos de perigos,
seremos discretos.
são os papa moscas do paraíso
inteligência animal....
também à «animais impostores...»
a bela árvore do viajante
e a mítica dracena!
belezas de Madagáscar.
seremos como a natureza
«adaptamo-nos à vida selvagem»
e todos vivemos...
num mundo competitivo
frutos das árvores,,,,frutos do ventre
ora calmos ora furtivos...

não te esqueças de mim

apreciei o teu empenho.
descias a montanha
como quem se entrega
sem fim...
e por fim saciavas a minha sede!
em plena nascente ali gerada,
num enredo engenhoso...
belas palavras,
palrar gravado nas aguas
belíssimas palavras declaradas!
é essência que vem de alma.
era suave esse rumorejar,
vinha como a brisa que de leve
acaricia as folhas das árvores
dizendo baixinho...
louvado seja Deus por este «cantinho»
e em redor botânicas,
«é menino ou menina»
miosotis,ora azul ora rosada,
são,oferendas da natureza
mesmo sem serem plantadas...

quero ser mil vezes o bem

e eu?
quem verdadeiramente sou?
quem mora aqui ao lado....
«quem assiste ao espetáculo sozinha».
sou quem faz a festa
delira com a vitória esperada...
por mim premeditada!
sou a brisa que por vezes passa forte...
sou o mar que por mil motivos se agita,
sou noite sem lua...
sou a sombra e a presença,
a que na ausência, fica!
muitas palavras eu dou...
mas que se tornaram banais.
sei que sou e serei sempre,
muito, mas muito mais...
sou amor incondicional,
quero ser milhões de vezes o amor
e poucas vezes o mal.

quanta dor carrega uma mãe

quanta dor carrega uma mãe,
que para o céu está olhar...
está a pedir socorro a Deus,
para seus filhos não abandonar.

quantas lágrimas afogam seus olhos
sem nada poder fazer...
 só sua fé em Deus
em certos momentos da vida
 lhe podem certamente valer!

e lhe pede com fervura
e lhe pede com amor
para olhar pela sua cria,
nesta hora de amargura
a esse tão doce senhor.

te agradeço do peito
nesta hora de aflição
mas certamente já sabes
que moras no meu coração.

mas a vida é mais amor

renovar com naturalidade....
como quem colhe,
a frágil e dócil camomila,
flor do campo....
tempo de Primavera....
hei-la em seu esplendor!
descende de vida
histórias de amor!
é acreditar na juventude,
e recebe-la com atenção!
não esperes galardões,
somos donos de uma vida
descendentes de uma nação!
paixão crescida....
trabalha todos os dia
um bocadinho os teus sentidos,
para que um dia sintas
que a tua missão
dia a dia,está comprida!
e assim vais sorrindo,acolhendo,
por vezes com vontade de chorar....
mas a vida é mais amor!

apenas recordar....

apenas recordar....
é na serenidade do vento
que meu coração se agita!
é verdade que a intensidade de recordar
possa ferir,magoar.
mas também  é das mágoas
que florescem os sentidos
é da profundeza da terra
que brotam as sementes
e desabrocham flores
que  nos fazem sentir especiais!
é simplesmente amor...
é em camara lenta
que se revelam as melhores imagens.
são as palavras dos génios
que nos fazem despertar
sentir o dão e a fraqueza
amar a vida a musica.
amar depois de passar
pela metamorfose.
sente hoje, ajuda hoje...
espalha sorrisos, abraços e canta,
pois,o amanhã pode não existir!

vai....

vai....
minha leve e suave alma branca,
pomba que esvoaça o céu...
leva no peito a esperança
e espalha-a no azul do céu...
deixa que as gotas da chuva nos lavem
nos relembrem os sonhos
nos submetam ao amor...
e se tens penas e as misturas com a dor...
deixa que o teu estado lagrimal
seja de alegria!
alegria que teu olhar sentiu...
relembra a magia da vida e renasce!
renasce cada dia, no imenso azul do céu.

sou a ave que eu quiser...

não guardes mágoa no peito...
no coração leva contigo,
somente o melhor de mim!
decifra-me literáriamente,
como uma flor de pétalas infindáveis...
sou mulher!
sou formula e sou cor.
sou pintura abstrata,
está  na tela amor...
eu me retrato quando pinto...
sou o que vez e não vez!
sou o poema que escrevo
sou aquele que lês...
mil,mil e uma vez...
sou o dia de hoje e sou...
-era uma vez!
sou ave de rapina,sou a ave que eu quiser...
soa meu nome a menina
e de encanto mulher!
os livros sou eu...e com eles aprendi,
que seres como eu... existem alguns por aí!
nem vaidade nem beleza...
sou semente nascida,traços da natureza...

para ti

para ti que segues comigo a vida
para ti que danças a mesma dança!
tens sorriso e uma lágrima de criança...
pelas noites que me abraças
quando o sono se cansa...
na alma de amante e de amigo...
sempre nos entendemos,
sempre estás comigo!
é paixão desejo e amor...
a canção que nos relembra...
e num só olhar
viajamos para o mesmo lugar!
nunca fizemos promessas...
estão escritas algures...
na carta mais bem guardada!
para sempre perfumada...
contem esperança...o mesmo calor
que no inicio nos unia...

um poeta,nunca tem alma fria

serei persistente na paz...
tentarei ser como o vento...
como a chuva
como o sol....
fazer falta!
sou as ondas e o mar..
tentarei ser a chama..
não deixarei ninguém me apagar!
tentarei ter sempre saudade...
e nunca deixar morrer a esperança
e fazer fluir a minha alma
repleta de sorrisos
da mulher e da criança...
e vive em mim!
tentarei ser sempre assim...
encontrar a solução!
tranquilidade e saúde ao coração.
sou agua que corre no rio
de pedra em pedra até à ria..
digam o que disser....
um poeta,nunca tem alma fria!

piedade filial

esta minha proximidade com o amor,
me torna simples,,,por vezes serena,,,
enquanto carrego comigo
a responsabilidade da vida,
transporto o dom de ser feliz!
por vezes,de olhos cansados
dias contados a dedo
carrego o chamamento....
que se transforma em magia!
esta ânsia que torna
o respirar ofegante,fascinação,,,
apego à vida,piedade filial,
amo o pai e amo a mãe!
o aprendizado me enriquece
se reflete sem fim...
em cada caminho que trilho
deixo um rasto de mim!
o que aprendo segue comigo
vestígios da vida, de vós...
a verdadeira existência do meu ser!
é o por do sol, e o amanhecer.

nos cabelos flores do campo.

vinhas vestida de branco....
nos cabelos trazias
 flores do campo,

nas tuas mãos....
seguravas o sol e o céu...
de quanto encanto é feito a vida...
no sorriso trazias traços de amor
o teu olhar era todo ele luz,
suavemente te dirigias a mim
como quem trilha o prado verde
por onde passeiam as papoilas
os rebentos da camomila
e os miosotis silvestres...
amora doce!
nesse beijo de esperança
como quem beija a vida
matando a saudade e a agonia..
e de novo se renasce...
e nesse grito de embriaguez,
se ama outra vez!
mil...mil e uma vezes....

és o dono da colheita.

escrevo um poema...
conheço o que gira,
em volta das palavras...
destas que sinto, que encosto,
como sementes de flores neste espaço.
mesmo sabendo que raramente
alguém as lê...
é o que pressinto
e não minto,mentiria porque!
são apenas dedos que semeiam
alegria olhares mansos...
folhas que descem calmamente das árvores
fim do Outono....
final de uma musica
inicio de muitos sorrisos
são precisos...
são preciosos e verdadeiros
os que brotam deste canteiro
cheio de pétalas de cor...
são o resultado de tanto amor
de muito amar!
são os louros do semeador
que é o dono da colheita.

é só amanhã que é outro dia

quisera ser o quê e quem?
quem te vê a ti...
concha vazia largada no frio,
despida!
pudera eu ser magia
pudera eu!
mansamente sou mulher..
mulher lua,amor...
pudera!
menina engano....
sou sonho, pensamento escondido...
pudera eu não ser só sono e cansaço!
quem me adormece levemente...
quem me aquece calmamente!
como se fosses um rio quente!
chora guitarra...baixinho...
que o piano não te ajuda...
te entristece...
mas ele te acalenta e te adormece!
e juntos fazem longas melodias...
calmas e sem pressa!
é só amanhã que é outro dia!
e tristezas não apagam duvidas.

que as leias com doçura

sem querer pairou em mim
uma imagem,
por minha mente guardada!
uma mistura de agua cristalina
com um espelho que brilhava.
até meu coração estremeceu...
com a lembrança desse teu forte olhar!
fez com que meus olhos...
sobrevoassem o céu!
lugar inspirador
onde secretamente guardo
essa doce fragrância
que enaltece os meus sentidos!
este recanto é cheio de céu
raios de sol..coberto de amor!
é verdejante e tem como fundo
um emaranhado de cor....
e na leve e mansa brisa
te envio estas palavras
tão sentidas, tão amadas!
e espero graciosamente
que as leias com doçura,
com se não houvesse amanhã!

sinto com todos os sentidos...

sinto com todos os sentidos...
e calmamente numa reflexão profunda,
agacho-me em meu nome!
meu corpo se envolve
em vestes ágeis...
meu coração parece não palpitar!
mas na essência dos sentidos,
renasce....poesia amor eterno.
vento beijando canaviais...
flores bailam formando arranjos florais.
e eu flor e eu amor!
ó que eterna harmonia.
permanece eu meu seio familiar.
e lá no céu....beleza sem igual...
há limbo astral!
e debruada não encaixei na moldura...
-ergue-te com doçura
que as minhas mãos com delicadeza
te ostentarão... sobre o brilho do sol
e a clareira da lua....
assim me seguirás...
eu serei teu!
-e eu serei tua!

a esperança de outrora!

descansarei serenamente!
em teus braços,
revelei literáriamente
o sentimento que incuti aos meus sentidos
num sentimento sentido!
entre oceanos, e estrelas cobrindo o céu
se revelou minha alma
como se renascesse,,, não sei!
onde o oceano com força e amor,beija
sem provocar tempestades nem dor...
continuo olhando o belo do céu,
tentando encontrar a chave!
e sei que irei aonde o bem for...
será obra do meu senhor,
ficarei para sempre grata
e guardarei até morrer
este momento que não me derruba...
me faz engrandecer!
e ser este ser não eterno
que por tudo e por nada, ri e chora,
e procura sem ansiedade,
a esperança de outrora!